Blog do Fred Mattos http://blogdofredmattos.blogosfera.uol.com.br Relacionamentos amorosos com um toque de psicologia, cotidiano, provocação e brincando entre o ideal e a vida possível. Thu, 18 Jan 2018 07:00:59 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 8 dicas para você voltar a ter confiança amorosa http://blogdofredmattos.blogosfera.uol.com.br/2018/01/18/8-dicas-para-voce-voltar-a-ter-confianca-amorosa/ http://blogdofredmattos.blogosfera.uol.com.br/2018/01/18/8-dicas-para-voce-voltar-a-ter-confianca-amorosa/#respond Thu, 18 Jan 2018 07:00:59 +0000 http://blogdofredmattos.blogosfera.uol.com.br/?p=172

Você precisa deixar o passado para trás (Foto: iStock)

 

A palavra confiar é uma união das palavras fiar com alguém, ou seja, deixar algo valioso com o outro. Normalmente nossa capacidade de confiar é baixa porque depende do desempenho da outra pessoa e acreditamos que o que é nosso pode ser estragado ou corrompido. Depois de um desapontamento começamos a punir todas as outras pessoas e nos fechamos, imaginando que ninguém mais é digno de confiança. Seguem oito dicas para não cair nessa armadilha pessoal:

O que você entregou não pode ser roubado

Qualquer segredo ou lealdade que você concedeu no convívio com alguém não pode ser manchado definitivamente, mesmo quando alguém rompe o trato não precisa achar que seu dom pessoal está perdido, é só uma questão de se fortalecer para reabilitar.

O momento que você vivenciou não foi uma farsa para você

A conclusão a que muitos chegam é de que tudo foi uma farsa e foram feitos de bobos. Mas num parque de diversões você se diverte enquanto as pessoas fantasiadas estão trabalhando e nem por isso aquilo é menos real para você. O que você viveu rendeu bons frutos e experiências; se o outro não estava de coração por ali é responsabilidade do outro.

Confie no que você oferece e não no que espera

Sua capacidade de entrega é o seu dom mais precioso e essa possibilidade de relaxar na relação de amizade, familiar, amorosa ou profissional é um benefício individual. Se a outra pessoa será capaz de honrar com aquilo não pode ser uma responsabilidade sua nem um temor constante.

Saiba medir a personalidade de alguém

Para abrir seu coração e intimidade com alguém é preciso uma dose de sabedoria para avaliar o histórico pessoal, como ela cultiva sua vida e seus relacionamentos e se consegue ter lealdade e ética de modo geral. Normalmente os tropeços surgem de uma avaliação empolgada, precipitada e carente de quem busca um ouvido sem pensar na capacidade de escuta e lealdade do outro.

Não dependa do retorno para se alegrar

Se você resolveu confiar algo com a pessoa não espere que ela faça o mesmo com você, afinal ela pode ser capaz de lidar com segredos e intimidades, mas você não.

Conte com a falha da outra pessoa

Administrar verdades difíceis e um convívio com lealdade é um talento a ser desenvolvido. Existem pessoas que se acreditam capazes de guardar segredos ou manter suas promessas, mas na prática acabam sentindo o peso e falham. É preciso contar com a fragilidade da outra pessoa.

Esteja aberto para enfrentar sua dor sem se fechar

Seu sofrimento é só um período de luto de uma queda, mas não deveria ser um atestado de óbito emocional. Ficar fechado completamente é uma decisão sua, que ninguém pode fazer no seu lugar, e abrir também não.

Tenha uma vida para seguir em frente

Normalmente quem se fecha completamente depois de uma desilusão é porque apostou todas as fichas numa só relação e não cultivou uma vida própria na qual se realimentar. Então se quer confiar em alguém, tenha uma vida na qual você possa confiar também.

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Relacionamento maduro não é para qualquer um http://blogdofredmattos.blogosfera.uol.com.br/2018/01/11/relacionamento-maduro-nao-e-para-qualquer-um/ http://blogdofredmattos.blogosfera.uol.com.br/2018/01/11/relacionamento-maduro-nao-e-para-qualquer-um/#respond Thu, 11 Jan 2018 10:00:21 +0000 http://blogdofredmattos.blogosfera.uol.com.br/?p=171

É preciso plantar muito antes de colher (Foto: iStock)

 

A gente quer ser feliz, beijar na boca e saber que o amor estará na nossa vida para sempre — às vezes com uma pessoa só e outras com aqueles que escolhemos por alguns períodos.

Mas um relacionamento de qualidade depende mais do que de boa vontade: é quase um empreendimento, exige preparo, disponibilidade, esforço, entrega, renúncia e muita, mas muita maturidade.

Maturidade não é algo com que nascemos. É uma construção cheia de descaminhos, mas, acima de tudo, é uma disponibilidade pessoal para encarar a vida de forma mais ampla, mais leve, mais altruísta, menos aflitiva, apegada, temerosa ou derrotista.

Pouca gente tem consciência disso e menos ainda dedicação aplicada para se aperfeiçoar pessoalmente. Por isso, relacionamento maduro não é para qualquer um. É muito fácil descer a ladeira da impulsividade, do egoísmo, das próprias razões distorcidas para justificar ataques de raiva, ciúme ou revanchismo.

Difícil mesmo é olhar o quadro geral, considerar as emoções dos outros, amparar as dificuldades da pessoa amada, contemporizar os próprios desejos a favor de algo que transcenda o momento atual. Essa escalada é árdua, não é muito incentivada por filmes, novelas e seriados. Estamos sendo bombardeados com a naturalização da infantilidade pessoal, agindo como bichinhos que se debatem de um lado para o outro sem saber nosso rumo.

Quando você estiver infeliz com o seu relacionamento, é o momento de pensar sobre o tipo de disponibilidade emocional que dedica para o seu amadurecimento pessoal, pois dele depende boa parte da felicidade que tanto busca na vida amorosa.

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Pessoas egoístas: mantenha distância delas para não se perder http://blogdofredmattos.blogosfera.uol.com.br/2018/01/04/pessoas-egoistas-mantenha-distancia-delas-para-nao-se-perder/ http://blogdofredmattos.blogosfera.uol.com.br/2018/01/04/pessoas-egoistas-mantenha-distancia-delas-para-nao-se-perder/#respond Thu, 04 Jan 2018 10:00:20 +0000 http://blogdofredmattos.blogosfera.uol.com.br/?p=141

Deixe o radar ligado para identificar pessoas egocêntricas — e correr delas (Foto: iStock)

 

Nem sempre fazemos boas escolhas na vida, em matéria de relacionamento amoroso então, nem se fale. Para quem é muito preocupado em ser gentil com os outros, prefere deixar os outros confortáveis e gosta de facilitar a convivência as vezes pode cometer um grave engano. Existem pessoas, que criadas em contextos pouco afetivos e áridos, para sobreviver nesse meio se transformam nos predadores que as machucaram.

O egoísmo é um tipo de mecanismo de defesa de sobrevivência emocional, para muitos quase irreversível. Não é possível saber o quanto uma pessoa está disposta a se abrir para novos comportamentos; é no dia a dia que podemos descobrir isso. Se ela se mostra lentamente diminuindo comportamentos autocentrados e destrutivos para gestos de afeto e gentileza é um bom sinal.

Na maioria dos casos parece existir certo orgulho na própria casca que foi criada. Tentar insistir, forçar a barra, querer remar pelos dois pode transformar uma pessoa afetiva em amargurada. E esse tipo de ressentimento é contagioso, melhor tomar cuidado.

Se você está num relacionamento com uma pessoa fechada em suas próprias ideias, teimosa com seu estilo de vida egocêntrico e autoelogioso é preciso deixar o radar ligado. Com muito facilidade, ao orbitar perto de alguém assim, seu brilho pessoal vai se corroendo. O tempo só deixará você mais fraco para fugir e nesse sequestro emocional a apatia o impedirá de sair.

Romper um relacionamento com pessoas presas em suas convicções e um pouco parasitas emocionais pode não ser a primeira coisa a ser feita, mas certamente não deve ser a última a ser considerada sob o risco de uma prisão perpétua.

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Esqueça o frio na barriga pela pessoa amada http://blogdofredmattos.blogosfera.uol.com.br/2017/12/28/esqueca-o-frio-na-barriga-pela-pessoa-amada/ http://blogdofredmattos.blogosfera.uol.com.br/2017/12/28/esqueca-o-frio-na-barriga-pela-pessoa-amada/#respond Thu, 28 Dec 2017 10:00:17 +0000 http://blogdofredmattos.blogosfera.uol.com.br/?p=139

Não ache que deve ser assim para sempre (fonte: iStock)

 

Sentir borboletas no estômago é bom demais. Aquela sensação de que o tempo para quando olhamos para alguém. O ar quase falta, por dentro tudo se agita e cada segundo longe é pesado.

Se não fosse por uma questão amorosa esses sintomas seriam muito parecidos com um pesadelo. Até a ciência já demonstrou que esse ciclo de dopamina (um dos elementos químicos do cérebro) que bombardeia os nossos neurônios quando estamos apaixonados tem uma duração média de dois a três anos. Não é coincidência que muitos relacionamentos acabem por volta desse tempo.

O problema dessas histórias que terminam no tempo da paixão é que os casais, que acreditam ingenuamente no poder do fogo, esperam viver o relacionamento numa trilha sonora em alta vibração.

A ideia de que o critério essencial do amor é a presença do frio na barriga constante vale para os adolescentes. Mas pense num relacionamento adulto, em tudo o que envolve duas pessoas, vidas, famílias, contas bancárias, desejos, sonhos, futuros. Como costurar isso tudo e ainda tentando manter uma sensação de irradiar alegria por todos os poros.

A melhor maneira que os casais poderiam medir a qualidade da relação não é o quanto sentem frio na barriga quando se encontram, mas como os olhos brilham ao pensar no relacionamento como um espaço de florescimento emocional. Se a pessoa amada apoia o seu crescimento e fomenta seu bem-estar isso é mais importante do que a sensação de perder o fôlego olhando para o outro.

Deixe o frio na barriga para o começo da relação, mas do meio para a frente aposte no amadurecimento do casal.

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Fomos enganados pelos filmes românticos: amor não é um sentimento http://blogdofredmattos.blogosfera.uol.com.br/2017/12/21/fomos-enganados-pelos-filmes-romanticos-amor-nao-e-um-sentimento/ http://blogdofredmattos.blogosfera.uol.com.br/2017/12/21/fomos-enganados-pelos-filmes-romanticos-amor-nao-e-um-sentimento/#respond Thu, 21 Dec 2017 10:00:18 +0000 http://blogdofredmattos.blogosfera.uol.com.br/?p=140

Tem que colocar a mão na massa (fonte: iStock)

Fomos enganados pelos filmes românticos, essa é a verdade. Acreditar que o amor é um sentimento envenenou a forma como amamos os outros, seja num par afetivo ou na família.

Imagine uma pessoa que diz que ama a outra, mas parece tratá-la como uma escrava. Pegar um copo d’água é um sacrifício, mudar a rota para uma carona é um estorvo, planejar um fim de semana agradável parece um suplício. Ao final de tudo vem a frase apaziguadora: “eu te amo!”.

Não, não é amor, pois esse sentimento se transforma numa alegria genuína pelo bem-estar do outro. É um tipo de motor para pequenos sacrifícios e gentilezas que facilitam o caminho da pessoa amada. Amar é deixar o outro bem acostumado a ser visto de um jeito especial.

Para saber se essa balança está equilibrada é só se perguntar: “eu me sinto um pessoa melhor quando estou do lado do meu amor?”. Se a resposta for “mais ou menos” ou “não” isso é um mau sinal. O amor tem a capacidade de nos fazer nos orgulhar de quem somos, de sonhar grande e não de nos fazer sentir pequenos ou mesquinhos.

Precisamos ser lembrados de que falar é muito importante, mas só discurso não enche a barriga de nossas emoções mais delicadas.

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Amor não tem garantia: é preciso tolerar dúvidas no relacionamento http://blogdofredmattos.blogosfera.uol.com.br/2017/12/14/amor-nao-tem-garantia-e-preciso-tolerar-duvidas-no-relacionamento/ http://blogdofredmattos.blogosfera.uol.com.br/2017/12/14/amor-nao-tem-garantia-e-preciso-tolerar-duvidas-no-relacionamento/#respond Thu, 14 Dec 2017 10:00:12 +0000 http://blogdofredmattos.blogosfera.uol.com.br/?p=104

Não há resposta para tudo na vida (Foto: iStock)

 

Vivemos em tempos de busca desenfreada por certezas — cada pessoa se sente juíza e executora de penas morais na vida cotidiana. Esse excesso de garantias que buscamos para nos assegurar emocionalmente costuma não combinar muito com a vida amorosa. Nem tudo tem uma resposta.

Pense nos tipos de diálogos que se estabelecem entre casais em crise, no tipo de cobranças que fazem, na postura inquisitiva que sustentam. Como algum tipo de leveza e mobilidade pessoal pode sobreviver num relacionamento asfixiado pela necessidade de verdades absolutas.

O amor acontece nos caminhos incertos das emoções, no acolhimento de nossos lados sombrios, na possibilidade recostar a cabeça num colo aberto para as contradições e até na impossibilidade de responder a perguntas difíceis. “Você vai me amar para sempre?” “Você gosta da minha família?” “Não vê a hora de passar mais 40 anos ao meu lado?” “Você promete que nunca vai sentir nada por mais ninguém?”

Ainda que você queira, sob o ímpeto do amor, responder sim, a verdade é que precisamos suportar certas dúvidas para não sufocar a liberdade. O amor também se alimenta de espaço de mudanças e revoluções. A submissão, ainda que bem intencionada, pode sacrificar o amor.

Então, diante de certos impasses, dúvidas, dilemas e pontos de interrogação fundamentais sobre o seu relacionamento, tolere um pouco mais de telas em branco, incompletas, para que você e a pessoa amada respirem possibilidades nunca consideradas debaixo da rigidez.

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Um conselho para se livrar de ciladas amorosas: não ouça o seu coração http://blogdofredmattos.blogosfera.uol.com.br/2017/12/07/um-conselho-para-se-livrar-de-ciladas-amorosas-nao-ouca-o-seu-coracao/ http://blogdofredmattos.blogosfera.uol.com.br/2017/12/07/um-conselho-para-se-livrar-de-ciladas-amorosas-nao-ouca-o-seu-coracao/#respond Thu, 07 Dec 2017 10:00:11 +0000 http://blogdofredmattos.blogosfera.uol.com.br/?p=103

Seu coração não é um guia infalível (Foto: iStock)

 

“Siga o seu coração!”, não existe conselho mais nobre (em intenções) e pobre em resultado do que esse. Temos a crença enganosa de que o coração guardaria segredos e sabedorias imbatíveis quando, na verdade, ele é uma metáfora para os valores e emoções que cultivamos ao longo da vida.

Pense em 3 tipos de pessoas:

1. Relacionamentos amorosos problemáticos

Quem se habituou a achar que briga, mentira, intriga, barraco ou competitividade faz parte de uma relação amorosa perdeu sua bússola de boa autoestima. Seu coração está muito desorientado para ser seguido com sanidade.

2. Histórico familiar problemático

Uma pessoa que teve referências familiares confusas, estranhas, problemáticas, teve uma escola sobre o que é o amor bem ruim. Sua maneira de amar está contaminada, logo, seguir o coração é eleger parceiros que reproduzam modelos paternais tóxicos.

3. Tem uma personalidade autodestrutiva

Pessoas amarguradas, exigentes, negativas, confusas, instáveis, ansiosas não podem ser mais candidatas a fazer escolhas amorosas ruins. Elas nivelam a vida pelo pior aspecto, seu coração mira no pé — seguir os próprios instintos é quase um anúncio de sofrimento.

Pense no tipo de condicionamento emocional que essa pessoa tem para fazer escolhas ruins. Se ela seguir o coração, fará uma sequência de más escolhas como sempre fez.

Inevitavelmente vai escolher um parceiro dominador, problemático, destrutivo ou infantil.

O resultado será de dois tipos: a pessoa vai ficar ainda mais carente e achando que o próximo candidato vai tirar o azar (não vai tirar). Ou vai se fechar, achar que nenhuma pessoa presta e se tornar cética (e fazer novas escolhas ruins)

Qual o melhor conselho que se pode dar antes de seguir o coração?

  1. Conheça a si mesma
  2. Aprenda a fazer boas escolhas e cure suas dores emocionais
  3. Conheça um pouco mais do comportamento saudável ou problemático dos homens que quer encontrar
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Dinheiro é um tabu entre casais tão ou mais problemático que sexo http://blogdofredmattos.blogosfera.uol.com.br/2017/11/30/dinheiro-e-um-tabu-entre-casais-tao-ou-mais-problematico-que-sexo/ http://blogdofredmattos.blogosfera.uol.com.br/2017/11/30/dinheiro-e-um-tabu-entre-casais-tao-ou-mais-problematico-que-sexo/#respond Thu, 30 Nov 2017 10:00:10 +0000 http://blogdofredmattos.blogosfera.uol.com.br/?p=102

Problemas financeiros podem ser fonte de muitos embates entre casais (Foto: iStock)

 

Dinheiro é um tabu entre casais tão ou mais problemático que sexo. No Brasil, em especial, somos muito sensíveis para falar sobre finanças de modo geral — é cultural, dinheiro parece ter alguma associação inconsciente com maldade, arrogância e falta de caráter.

No entanto, esse tabu é responsável por uma quantidade infinita de problemas da vida cotidiana de muitos casais:
– Muitos não sabem quanto o outro ganha exatamente.
– Não conseguir fazer um planejamento familiar decente de longo prazo
– Fazer compras fora do orçamento para impressionar a pessoa amada por achar que só será admirada por dinheiro
– Se sentir diminuído se ganha menos que o outro e criar brigas por motivos indiretos à esse
– Ter receio de que o outro possa explorar financeiramente caso saiba que ganha menos
– Ajudar os próprios pais e não contam para os parceiros por medo de crítica
– Fazer dívidas e se atropelar em cima de outras dívidas
– Fazer compras compulsivas, se envergonhar e gastar mais para compensar
– Ter medo de olhar o rombo da conta bancária e ficar irritado/com medo de bloqueios bancários
– Culpar a pessoa amada por conta de problemas financeiros que ela própria criou

A lista é pequena para a quantidade de problemas que existem. Então o problema não é ser milionário ou pobre, mas ter ou não equilíbrio financeiro entre ganhar, gastar, investir, poupar e doar. Se você ganha muito não implica que seja um bom gestor e tenha centenas de problemas com muito dinheiro e nem que sendo pobre terá inevitavelmente problemas de orçamento doméstico, mesmo contando centavos. Claro que a escassez demanda um tipo de equilíbrio para gerenciar e muitos se perdem em paranoia e competitividade.

Saúde financeira tem a ver com você equilibrar os seus desejos com sua capacidade de compra. Se um casal vivendo sob o mesmo teto acha que o amor compensa qualquer tipo de transtorno emocional-financeiro, sofre de muita ingenuidade amorosa. A vida a dois é uma boa parte de logística e se o dinheiro não for um tema colocado na mesa, ainda que delicado e difícil de abordar, o relacionamento poderá sofrer de grandes problemas estruturais. E nessa brincadeira até o amor e a admiração podem pagar o pato.

Deixe nos comentários seu ponto de vista sobre o assunto. Já passou por problemas afetivos por conta de uma administração financeira?

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Mudar alguém no relacionamento amoroso não funciona http://blogdofredmattos.blogosfera.uol.com.br/2017/11/23/mudar-alguem-no-relacionamento-amoroso-nao-funciona/ http://blogdofredmattos.blogosfera.uol.com.br/2017/11/23/mudar-alguem-no-relacionamento-amoroso-nao-funciona/#respond Thu, 23 Nov 2017 10:00:10 +0000 http://blogdofredmattos.blogosfera.uol.com.br/?p=101

Não fique lutando contra uma parede (Foto: iStock)

 

Não é raro encontrar pessoas que se relacionam amorosamente com uma projeção mental do que imaginam que seria o parceiro ideal. Quando conhecem alguém, tomadas pelo furor da paixão, acabam colocando suas fantasias à frente da realidade. Na verdade, se relacionam com um projeto do que o outro se tornará e isso é causa de grandes catástrofes amorosas.

Não existe nada mais perigoso para a integridade de um relacionamento amoroso que esse tipo de agenda oculta afetiva. A pessoa amada não é aceita, tolerada, querida e acolhida como aquilo que é, mas por aquilo que está sendo moldada para ser. Esse desejo secreto de controle vai corroendo lentamente a base de confiança de uma relação e estrangulando o senso de autonomia e liberdade das partes.

Apostar que um relacionamento será possível na condição que uma pessoa mude o jeito de ser, pensar, sentir e agir pode incorrer uma cilada por dois motivos. Um, a pessoa precisa querer mudar e mais que querer mudar ter os recursos e motivação para tanto. O segundo é se uma mudança consistente é possível, afinal, mesmo com toda boa vontade do mundo certos traços de personalidade podem ser quase intransponíveis.

Infelizmente um mito pós-moderno que prega “basta você querer e tudo está ao seu alcance” criou no imaginário popular a fantasia que só não muda quem não quer. Outro problema é achar que o amor seria o combustível imbatível para certas mudanças de personalidade. O dilema é que essa necessidade de transformação costuma surgir num momento em que o próprio amor está fragilizado.

Pode parecer pessimista a segunda afirmação de que características de personalidade seriam irremovíveis, mas a realidade é que grande parte dos traços de personalidade e caráter foram resultados de adaptações ao ambiente familiar da infância precoce. A maioria delas foi forjada com ferro quente nas altas temperaturas do cuidado dos pais. Na própria terapia, como profissional da Psicologia, preciso ter muito claro quais são os limites e possibilidades de cada pessoa que atendo. E não sou eu que coloco um teto, mas no decorrer do processo a própria situação se revela intransponível, pelo momento, por minha incapacidade ou pela resistência daquele traço.

Fico imaginando se um traço seja tão problemático em alguém, quase patológico, poderia criar uma frustração tremenda para o casal. Mesmo com toda a boa vontade do mundo e esforço de reprimir uma ação ambos chegariam na conclusão que mesmo com todo o amor do mundo nenhuma mudança consistente seria possível sem que uma das partes ficasse sacrificada.

Isso significa que nenhuma mudança é possível? Pelo contrário, com a motivação certa, os recursos adequados, tempo, investimento de tempo, energia e uma vida muita coisa bonita pode submergir. Mas apostar todas as fichas sem nenhum preparo pode ser uma ingenuidade para muitos relacionamentos.

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Paixão vicia, mexe com o cérebro e tem até prazo de ‘validade’; veja qual é http://blogdofredmattos.blogosfera.uol.com.br/2017/11/16/paixao-vicia-mexe-com-o-cerebro-e-tem-ate-prazo-de-validade-veja-qual-e/ http://blogdofredmattos.blogosfera.uol.com.br/2017/11/16/paixao-vicia-mexe-com-o-cerebro-e-tem-ate-prazo-de-validade-veja-qual-e/#respond Thu, 16 Nov 2017 10:00:52 +0000 http://blogdofredmattos.blogosfera.uol.com.br/?p=62

Paixão causa sensações de euforia — mas não dura para sempre (Foto: iStock)

 

A paixão é uma experiência psicológica muito parecida com um vício, isso em termos cerebrais. Ela causa sensações físicas de euforia, ativa campos do cérebro que exigem recompensas de prazer e provoca palpitações, suor no corpo e abstinência. O corpo humano, engenhoso que é, tem um prazo limite (em média) para se acostumar com essa intensidade emocional e estressante (do ponto de vista biológico) de um a três anos.

A paixão pode estar associada a uma fase da vida expansiva e positiva que cria um círculo virtuoso de positividade ou como um vício causar uma fixação platônica, desesperada e digna de filmes de drama. Uma pessoa apaixonada quando se desilude ou descobre a verdade por trás de seu delírio temporário apaixonado pode começar atos muito desesperados.

Como um vício, a paixão, se acontece com muita frequência, pode estar associada à uma personalidade vulnerável e, em alguns casos, deprimida. É como se a pessoa buscasse na paixão uma recompensa emocional intensa para contrabalancear um estado emocional perturbador. Não é raro que as grandes (e perturbadoras) paixões costumem acontecer em períodos de extrema dificuldade ou insuficiência pessoal, como na adolescência.

O adolescente que passa por uma fase de transição delicada, na qual se sente muito inadaptado com sua mente e corpo acaba encontrando na paixão (costuma ser platônica) por pessoas reais ou ídolos, um meio de sair de suas variações de humor pessoais.

Quando a paixão é utilizada como um tipo de terapia para vida começa o problema. É como se a paixão fosse um “remédio” natural para sair de estados de angústia e mal-estar pessoal. O vício pode se instalar e a pessoa começar a hidratar de fantasias num ciclo infinito, saindo de uma relação para outra só para absorver a fase da paixão.

Para quem se apaixona com muita frequência por muita coisa eu aconselharia fazer uma séria análise pessoal. Até que ponto a metralhadora da paixão é algo razoável ou pode estar escondendo uma questão mais séria e problemática?

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